Pós&Pós Pós-socráticos & pós-traumáticos: mudanças entre as edições
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"Você é a história que os outros contam sobre você" | |||
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Ficção Filosófica afetiva | |||
===Sinopse=== | |||
Adolescentes baseados em filósofos famosos tentam sobreviver ao ensino médio numa escola pública com verba metafísica — ou seja, ninguém sabe como ainda funciona. | |||
Lucius Annaeus Sêneca, um estoico diplomático e paciente, começa o ano letivo sendo abençoado com a presença de um caos com ostracismo: Albert Camus, o persona non grata da escola. Sêneca, você só queria paz, não é? | |||
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'''Pós e Pós''' se passa em Charqueada-SP, interior de São Paulo, na fictícia ETEC Deputado do Saber, onde costumava ser uma fazenda. Visualmente, a série adota a estética de: caderno escolar; recorte de jornal; e nostalgia. Com princípios de design UX/UI, criando uma sensação de “diário filosófico vivo”. | |||
Tem como protagonistas '''Sêneca''' e '''Albert Camus'''. A série adapta inicialmente o evento histórico da publicação de ''O Homem Revoltado'' de 1951. | |||
==== Contexto Histórico: "O Homem Revoltado" ==== | |||
“Quando foi publicado pela primeira vez em 1951, O Homem Revoltado valeu a Albert Camus um verdadeiro linchamento promovido por intelectuais franceses encabeçados pelo romancista e filósofo Jean-Paul Sartre. O ataque de Camus aos crimes perpetrados em nome da revolta repercutiu mal, e ele ainda foi acusado de defender a liberdade de forma simplista, privilegiando a questão individual. Foi assim que, por várias décadas, a complexidade de seu pensamento foi reduzida a uma tese de direita. Stálin ainda vivia, muita gente começava a se desentender com o Partido Comunista, mas apesar disso Camus não podia ser perdoado ao criticar igualmente a violência e o totalitarismo de direita e esquerda. Não se podia aceitar uma crítica tão forte contra as prisões e os assassinatos perpetrados em nome da revolução. O novo humanismo de Camus — ''talvez por vezes contraditório, mas certamente sincero'' – era repudiado radicalmente. A amargura do consagrado autor de O Estrangeiro e A Peste foi canalizada então em 1956 com A Queda, romance-monólogo de impressionante expressividade e força.” | |||
:— ''O Homem Revoltado'', orelha da 9ª edição, tradução de Valerie Rumjaneck, Editora Record, Rio de Janeiro/São Paulo, 2011 | |||
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| '''Para saber mais:''' [https://razaoinadequada.com/filosofos/camus/o-homem-revoltado/#:~:text=Criticar%20o%20marxismo%20enquanto%20Josef,excessos%20cometidos%20em%20seu%20nome Artigo sobre "O Homem Revoltado" no site Razão Inadequada]. | |||
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== Personagens Principais == | |||
=== Lucius Annaeus Sêneca | 17 anos === | |||
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'''Apelidos/Alcunhas:''' Monsieur Stoïque, O Estoico. | |||
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'''Sobre o Personagem:''' | |||
* É um pilar de ordem e diplomacia na escola, agindo como um mediador sereno e diplomático que busca aplicar a lógica estoica aos conflitos diários. Oficialmente é um dos monitores líderes. | |||
* Esconde uma profunda vulnerabilidade por trás de sua fachada controlada, lidando com traumas passados e emoções inesperadas que desafiam sua disciplina. | |||
* Usa a escrita de cartas para seu amigo Lucílio como uma forma de processar seus pensamentos e dilemas de forma privada e reflexiva. | |||
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'''Estoicos'''. Como facção, os Estoicos buscam a prática da virtude, a constância da alma e a resiliência da razão. Na dinâmica da escola, eles funcionam como uma força de estabilidade, oferecendo apoio e mediação em conflitos. Sêneca é a principal figura deste grupo, agindo como o diplomata oficial chamado para gerenciar crises. | |||
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* Sua correspondência constante com um amigo chamado Lucílio é uma referência direta às ''Cartas a Lucílio'', principal obra do Sêneca histórico. | |||
* O flashback em que o personagem Nero lhe oferece um estilete são alusões à morte do filósofo, que foi forçado a cometer suicídio pelo imperador Nero. | |||
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=== Albert Camus | 17 anos === | |||
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'''Apelidos/Alcunhas:''' L'Étranger (O Estrangeiro), Persona non grata. | |||
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'''Sobre o Personagem:''' | |||
* Vive como o "estrangeiro" e "persona non grata" da escola, usando o charme, filosofia e inteligência como um escudo após seu rompimento com Sartre. | |||
* Sua filosofia absurdista se manifesta em uma revolta constante contra o sistema, mas ele busca refúgio em clubes diversos. | |||
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'''Absurdista'''. Como absurdista, ele aceita que a vida não tem um sentido inerente, mas acredita na importância de continuar vivendo e se revoltando contra essa condição. Socialmente, ele anda com os "exilados" e "cancelados", um reflexo de seu status de "persona non grata" após o rompimento com Sartre. | |||
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* Toda a sua trama de isolamento social e o apelido "L'Étranger" vêm de sua obra mais famosa, "O Estrangeiro" ("L'Étranger"). | |||
* O conflito central com Sartre é uma dramatização da briga real entre os dois filósofos, que ocorreu após a publicação do livro "O Homem Revoltado" ("L'Homme révolté") em 1951, evento citado diretamente em extras. | |||
* A paixão do personagem pelo futebol, atuando como goleiro titular, é fiel à biografia de Camus, que foi um goleiro promissor em sua juventude na Argélia. | |||
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=== Heráclito de Éfeso | 18 anos === | |||
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'''Apelidos/Alcunhas:''' O Obscuro. | |||
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'''Sobre o Personagem:''' | |||
* Personifica o caos e o fluxo, com um comportamento impulsivo, imprevisível e uma fixação pelo fogo. | |||
* Comunica-se de forma poética e enigmática, acreditando que a vida e o amor nascem do conflito e do atrito constante. | |||
* Por baixo de sua energia caótica, é uma figura intensamente romântica e melancólica que se sente profundamente deslocado, rejeitado e incompreendido. | |||
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'''Pré-Socráticos'''. Este grupo, junto dos Naturalistas, é conhecido na escola por sua abordagem caótica e experimental, com uma reputação de "explodir coisas em nome da física". Heráclito é a personificação máxima dessa energia, agindo como uma força imprevisível e transformadora na panela, sempre associado ao fogo e ao fluxo. | |||
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* Seu apelido, "O Obscuro", é o mesmo pelo qual o filósofo pré-socrático era conhecido na antiguidade, devido à natureza enigmática de seus escritos. | |||
* A cena "A Cura Heraclitiana", em que ele se cobre de esterco para curar uma gripe, é uma paródia de uma anedota histórica contada por Diógenes Laércio, na qual Heráclito teria tentado curar-se de uma doença cobrindo-se com estrume de vaca. | |||
* Sua filosofia de que "o amor nasce do embate" e seu lema "Tudo flui, tudo arde!" são adaptações diretas de seus conceitos mais famosos: "a guerra é o pai de todas as coisas" e "panta rhei" (tudo flui), com o fogo sendo o elemento primordial. | |||
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| nome = Pós-socráticos & | | nome = Pós-socráticos & Pós-traumáticos | ||
| criador = AGUA | |||
| data = Abril de 2025 | | data = Abril de 2025 | ||
| | | genero = Ficção Filosófica afetiva | ||
| formato = Webcomic | |||
| idioma = Português (Brasil) | |||
| status = Em andamento | |||
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Filósofos que já apareceram na série: | |||
1. Sêneca | 1. Sêneca | ||
| Linha 104: | Linha 230: | ||
34. Immanuel Kant | 34. Immanuel Kant | ||
35. Mary Shelley | |||
36. Maria de Alexandria | |||
37. René Descartes | |||
38. Santo Agostinho | |||
Muitos outros irão aparecer ainda… Os filósofos aparecem conforme o plot pede e estudo sobre eles. | |||
Edição atual tal como às 13h38min de 4 de setembro de 2025

"Você é a história que os outros contam sobre você"
Ficção Filosófica afetiva
Sinopse[editar]
Adolescentes baseados em filósofos famosos tentam sobreviver ao ensino médio numa escola pública com verba metafísica — ou seja, ninguém sabe como ainda funciona.
Lucius Annaeus Sêneca, um estoico diplomático e paciente, começa o ano letivo sendo abençoado com a presença de um caos com ostracismo: Albert Camus, o persona non grata da escola. Sêneca, você só queria paz, não é?
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Pós e Pós se passa em Charqueada-SP, interior de São Paulo, na fictícia ETEC Deputado do Saber, onde costumava ser uma fazenda. Visualmente, a série adota a estética de: caderno escolar; recorte de jornal; e nostalgia. Com princípios de design UX/UI, criando uma sensação de “diário filosófico vivo”. Tem como protagonistas Sêneca e Albert Camus. A série adapta inicialmente o evento histórico da publicação de O Homem Revoltado de 1951.
Contexto Histórico: "O Homem Revoltado"[editar]“Quando foi publicado pela primeira vez em 1951, O Homem Revoltado valeu a Albert Camus um verdadeiro linchamento promovido por intelectuais franceses encabeçados pelo romancista e filósofo Jean-Paul Sartre. O ataque de Camus aos crimes perpetrados em nome da revolta repercutiu mal, e ele ainda foi acusado de defender a liberdade de forma simplista, privilegiando a questão individual. Foi assim que, por várias décadas, a complexidade de seu pensamento foi reduzida a uma tese de direita. Stálin ainda vivia, muita gente começava a se desentender com o Partido Comunista, mas apesar disso Camus não podia ser perdoado ao criticar igualmente a violência e o totalitarismo de direita e esquerda. Não se podia aceitar uma crítica tão forte contra as prisões e os assassinatos perpetrados em nome da revolução. O novo humanismo de Camus — talvez por vezes contraditório, mas certamente sincero – era repudiado radicalmente. A amargura do consagrado autor de O Estrangeiro e A Peste foi canalizada então em 1956 com A Queda, romance-monólogo de impressionante expressividade e força.”
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| Para saber mais: Artigo sobre "O Homem Revoltado" no site Razão Inadequada. |
Personagens Principais[editar]
Lucius Annaeus Sêneca | 17 anos[editar]

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Apelidos/Alcunhas: Monsieur Stoïque, O Estoico. Sobre o Personagem:
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Estoicos. Como facção, os Estoicos buscam a prática da virtude, a constância da alma e a resiliência da razão. Na dinâmica da escola, eles funcionam como uma força de estabilidade, oferecendo apoio e mediação em conflitos. Sêneca é a principal figura deste grupo, agindo como o diplomata oficial chamado para gerenciar crises. |
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Albert Camus | 17 anos[editar]

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Apelidos/Alcunhas: L'Étranger (O Estrangeiro), Persona non grata. Sobre o Personagem:
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Absurdista. Como absurdista, ele aceita que a vida não tem um sentido inerente, mas acredita na importância de continuar vivendo e se revoltando contra essa condição. Socialmente, ele anda com os "exilados" e "cancelados", um reflexo de seu status de "persona non grata" após o rompimento com Sartre. |
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Heráclito de Éfeso | 18 anos[editar]

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Apelidos/Alcunhas: O Obscuro. Sobre o Personagem:
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Pré-Socráticos. Este grupo, junto dos Naturalistas, é conhecido na escola por sua abordagem caótica e experimental, com uma reputação de "explodir coisas em nome da física". Heráclito é a personificação máxima dessa energia, agindo como uma força imprevisível e transformadora na panela, sempre associado ao fogo e ao fluxo. |
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Filósofos que já apareceram na série:
1. Sêneca
2. Albert Camus
3. Epicteto
4. Marco Aurélio
5. Zenão de Cítio
6. Crisipo de Solos
7. Friedrich Nietzsche
8. Platão
9. Sócrates
10. Franz Kafka
11. Fiódor Dostoiévski
12. Søren Kierkegaard
13. Jean-Paul Sartre
14. Simone de Beauvoir
15. Simone Weil
16. Karl Marx
17. Epicuro
18. Schopenhauer
19. Hegel
20. Diógenes de Sinope
21. Tales de Mileto
22. Heráclito
23. Anaximandro
24. Aristóteles
25. Hobbes
26. Rousseau
27. Hipatia
28. C.S Lewis
29. Empédocles
30. Demócrito
31. Pitágoras
32. Parmênides
33. Fernando Pessoa
34. Immanuel Kant
35. Mary Shelley
36. Maria de Alexandria
37. René Descartes
38. Santo Agostinho
Muitos outros irão aparecer ainda… Os filósofos aparecem conforme o plot pede e estudo sobre eles.
