Cellatrix

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Cellatrix (oneshot)
Cellatrix
Cellatrix
Criador(es) [[Wagner Elias]]
Data de publicação 10 de novembro de 2023
Links para leitura
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Cellatrix é um one-shot brasileiro criado por Wagner Elias (roteiro) e Rafa Santos (arte). A obra foi originalmente produzida em 2011 para o concurso da revista Ação Magazine, mas não foi concluída a tempo e acabou ficando de fora da seleção. Sua primeira publicação oficial ocorreu em 2014, na revista digital Conexão Nanquim, marcando sua estreia para o público.

Após essa primeira aparição, Cellatrix continuou chamando atenção. Segundo entrevistas dos autores, o one-shot foi enviado posteriormente a várias editoras até chegar às mãos do editor da Draco, que não só aprovou a obra como também a inscreveu no concurso interno da editora em 2015, onde Cellatrix recebeu o 1º lugar. No entanto, por já ter sido publicado anteriormente, acabou não sendo lançado pela Draco, levando os autores a produzirem outro one-shot — Divisão 5 — para ocupar o lugar na antologia.

Nos anos seguintes, Cellatrix continuou sendo revisitado. Em 2020, o one-shot ganhou nova edição dentro da revista digital Action Hiken, publicada pela Armon Editora. No mesmo ano, recebeu o Troféu LQN, na categoria Roteiro Mais Incrível, Original, Inovador, consolidando sua reputação no cenário de quadrinhos nacionais. Em 2025, a obra voltou a ser republicada, dessa vez pela revista digital Yppy-ê.

Cellatrix costuma ser lembrado pelo público por sua mistura de humor, crítica ao cotidiano tecnológico, cenas de ação e pela forma criativa com que transforma elementos de telefonia móvel em mecânica narrativa. Ao longo dos anos, o one-shot manteve boa recepção crítica nas plataformas digitais, incluindo sites como Armon Editora, Fliptru, Gibitales e publicações em redes sociais. Atualmente, está disponível para leitura nas revistas e plataformas digitais onde foi republicado.

Sinopse[editar]

Pedro é um jovem que, sem querer, tem sua vida virada de cabeça para baixo após receber um chip de celular de uma misteriosa operadora. O dispositivo esconde uma tecnologia absurda: ele é capaz de converter matéria em dados e dados em matéria, permitindo armazenar digitalmente qualquer coisa — de objetos simples como um tênis até estruturas completas, como uma casa inteira.

Mas a maravilha rapidamente se transforma em caos. O chip ativa em seu celular um jogo capaz de trazer monstros virtuais para o mundo real, ao mesmo tempo em que permite fazer download de armas que se materializam para combatê-los. Enquanto tenta sobreviver às criaturas, Pedro vê sua vida social ruir: sua família estranha seu comportamento, sua namorada o abandona e até a polícia passa a suspeitar dele.

Para se livrar da operadora e retomar sua vida, Pedro precisa cancelar o plano, mas como todo plano brasileiro, “cancelar” é um pesadelo burocrático. A única forma é acumulando unidades de crédito, que só podem ser obtidas derrotando os monstros do jogo.

No meio do caos, ele conhece Anne e Claudio, usuários veteranos do sistema Cellatrix, que o ajudam a compreender os perigos, possibilidades e limitações da tecnologia — cada um à sua maneira.

Personagens[editar]

Pedro[editar]

Pedro é um jovem inicialmente ingênuo, cuja vida muda drasticamente ao receber um chip da operadora Cellatrix. Conforme se envolve com a tecnologia e os perigos que emergem dela, ele amadurece e torna-se mais amargurado, desenvolvendo um forte ressentimento contra a operadora, que ele acredita ter arruinado sua vida. Utiliza um celular antigo e limitado, o que reduz seu potencial de uso do sistema Cellatrix e o deixa vulnerável, forçando-o a improvisar constantemente para sobreviver aos monstros e situações extremas provocadas pelo chip.

Anne[editar]

Anne é uma usuária veterana da tecnologia Cellatrix. Extrovertida, energética e otimista, rapidamente cria laços com Pedro e tenta guiá-lo pelo novo universo em que ele foi jogado. Possui um jeito peculiar de falar, carregado de gerundismo, lembrando atendentes de telemarketing — um detalhe que serve tanto como humor quanto como marca registrada da personagem.

Claudio[editar]

Também veterano no uso do Cellatrix, Claudio é o oposto de Pedro em sua visão sobre a tecnologia. Ele é um entusiasta fervoroso do sistema e se irrita facilmente com a postura pessimista de Pedro. Possui personalidade arrogante e severa, sendo pouco tolerante com a negatividade e hesitação do protagonista. Apesar do conflito entre eles, sua experiência é essencial para que Pedro compreenda melhor os mecanismos e perigos da operadora.

Curiosidades[editar]

Concepção na adolescência: Cellatrix foi originalmente idealizado por Wagner Elias, que criou versões preliminares da história ainda na adolescência. Apesar de ser o autor da ideia e responsável pela arte, ele considerava que ainda não possuía maturidade suficiente para desenvolver um roteiro consistente. Por isso, convidou o roteirista Rafa Santos — conhecido por obras como Egoman – O Inofendível Herói e Tobias Salazar – O Detetive Baixa-Renda — para escrever a versão final da obra.

Inspiração em anime dos anos 2000: Segundo Wagner Elias, Cellatrix foi diretamente inspirado no anime Power Stone, exibido no início dos anos 2000. O protagonista, inclusive, apresenta semelhanças visuais com um dos personagens do anime, refletindo a influência estética e temática dessa referência.

Ambientação em São Luís do Maranhão: A história se passa na cidade de São Luís do Maranhão, terra natal dos autores. Vários cenários reais da cidade aparecem na narrativa, incluindo locais históricos como a Praça Nauro Machado, situada no Centro Histórico de São Luís.

Prêmios[editar]

2020 – Troféu LQN – Roteiro mais Incrível, Original, Inovador – 1º lugar